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Marcelo Coelho

Cultura e crítica

Perfil Marcelo Coelho é membro do Conselho Editorial da Folha

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Entendo pouco de economia...

Por Marcelo Coelho
09/03/12 12:47

Mas faço dois pequenos comentários, lendo o jornal de hoje.
A participação do setor industrial na economia brasileira caiu aos níveis de 1956, diz a manchete. Só 14,6% do PIB foram produzidos pela indústria no ano passado.
“A queda da indústria no PIB é a prova do processo de desindustrialização”, diz Paulo Skaf, presidente da FIESP.
Calma. Se entendo bem, desindustrialização é quando empresas fecham e deixam de produzir coisas. Pode ser que isso esteja acontecendo em vários setores, mas os números divulgados hoje não têm necessariamente a ver com isso.
A queda da indústria no PIB pode apenas significar que comércio, agricultura e pecuária passaram a produzir muito mais.
O auge da participação da indústria no PIB foi em 1985. Tudo indica que estamos melhor agora do que naquele ano.
***
Mais um comentário. “Adesão a calote grego deve superar 75%”, diz o jornal.
Ou seja, bancos alemães, franceses e gregos aceitaram uma perda de 53,5% no valor dos títulos que possuíam da dívida da Grécia. Pelo que restou, receberão juros menores e em prazo maior.
Não entendo o bastante de economia, mas a notícia não combina com a habitual crítica de que “os bancos não perdem nada” com a crise.
E se perdessem mais ainda? Parece-me claro que se falissem ou coisa parecida a crise seria imensamente maior.
O problema não é “fazer os bancos pagarem”. A questão é entre ricos e pobres, não entre “bancos” e “sociedade”. A questão é saber se os impostos para os ricos sobem mais que os impostos para os pobres, e se simplesmente apertar o cinto dos ricos rende o suficiente para fechar as contas da Grécia, sem sacrifícios a pensionistas, por exemplo.

About Marcelo Coelho

Marcelo Coelho nasceu em São Paulo, em 1959. Estudou Ciências Sociais na USP. Escreve semanalmente no caderno "Ilustrada", da Folha de S. Paulo, e publicou, entre outros, "Crítica Cultural: Teoria e Prática" (Publifolha) e "Patópolis" (Iluminuras)
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Comentários

  1. Gildo Araújo comentou em 16/03/12 at 19:35

    Acho que entendo muito menos de Economia, mas também acho que a participação do setor industrial na economia brasileira deveria ser de 30% ou 35%. Marcelo Tas foi num programa da TV Cultura sobre futebol e afirmou que o futebol brasileiro é igual à economia brasileira, ou seja, vendemos soja em grãos e compramos óleo de soja enlatados dos gringos. Jamais chegaremos ao IDH do primeiro mundo exportando comodittes nem fabricando empregos de vendedores de ferros de engomar.

  2. caio silva comentou em 15/03/12 at 11:14

    De fato o desaquecimento da economia mundial tem a ver com a queda, quando as coisas vão bem é mérito de nossos governantes, mas quando vão mal é culpa do países ricos. A desindustrialização brasileira é evidente, temos baixíssima participação no mercado mundial, talvez em torno de 1%, nossos produtos estão cada vez menos competitivos, basicamente o país vive nos últimos anos de comprar produtos por endividamento, por isso os juros tão altos (para atrair quem nos vai dar dinheiro), produzimos poucas patentes, os principais produtos são no máximo montados aqui. Assim viveu a Grécia por um bom tempo, teve seu auge em meados dos anos 90 e 2000, pegou muito dinheiro emprestado para viver o sonho da UE, o povo comprou bastante, se enriqueceu, politicos se elegeram por conta disso, o comérico floresceu, a industria minguou (pois muitos financiamentos eram oferecidos por industrias de fora, algo que vemos o Brasil fazer com o BNDES), afinal o dinheiro era farto para se comprar coisas mais baratas vindas de fora.

    no caso Grego, os bancos perdem, mas nem tanto, pois quanto maior o risco de alguém dar o calote maiores serão os juros cobrados, afinal ninguém deve correr risco por nada. A Grécia faliu, esses acordos são para ir aos poucos dando o calote, para que os mercados, os governos de onde partiram os empréstimos se preparem para as pancadas, socializem o prejuízo. A Europa irá aos poucos mergulhar na inflação com baixo crescimento, estagflação. é um erro terrível achar que impostos são coisas localizadas, que taxando pesadamento os ricos vai se ajudar aos pobres, isso não se mostra verdade pois quem tem mais poder repassa seus custos aos que tem menos, no fim a população em geral empobrece e justamente o governo é quem fica mais rico, veja o caso brasileiro, compara o crescimento da renda per capita, com o crescimento da arrecadação estatal, enriquecimento do Estado, hoje vemos o governo praticamente em todas as areas, é a empresa que mais cresce no país, o setor público paga salários altíssimos. No fim ha um nivelamento, a classe média é esmagada, o número de pobres pouco muda, quem é mais rico passa para o lado do Estado (vira burocrata) e a desigualdade aumenta, não mais entre o burgues capitalista e o pobre, mas entre os burocratas e a população em geral.

  3. Pedro comentou em 12/03/12 at 6:08

    Na sua apresentação, o curso de mestrado aparece escrito “mestratado”. Seria interessante fazer a correção. Abs, Pedro

    • mcoelho comentou em 17/03/12 at 12:52

      obrigado, vou tentar corrigir, mas isso aqui é complicado… abs

  4. Mirian comentou em 11/03/12 at 7:21

    Olá Marcelo, mesmo que vc. diga que não entende muito de economia, as questões levantadas são muito boas. Mas na verdade, entende melhor de economia, a mulher simples, que está na prática de como resolver os problemas economicos da familia, sempre na corda bamba, visto a diferença escandalosa do tratamento dado aos ricos e aos pobres; essa classe média de que falam é uma farsa. Ou somos ricos ou somos pobres. E, estamos cada vez mais pobres e obrigados a pagar
    a conta dos ricos, fazendo a “graça” de nos sentirmos penalizados pela situação da economia mundial. Ora minha gente poderosa, olhe o que estão fazendo com os pobres. Enchem-nos de ilusões e quantas ilusões… cartões de crédito, empréstimos pessoais, etc… etc… Um desabafo meio sem nexo?

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