Madagascar 3, a apoteose
05/06/12 15:27Adorei o esquilinho azarado e neurótico de “A Era do Gelo”, quando o vi pela primeira vez. Vieram mais dois filmes da série, e para mim a graça se perdeu.
Sendo pai de dois meninos (8 e 10 anos atualmente), meu interesse pelos desenhos animados foi aos poucos dando lugar à exaustão. Eles também vão crescendo, e depois de vencer alguns medos entraram firme no mundo de Thor e do Capitão América –para o qual minha paciência é bem menor.
Fomos todos ver a pré-estreia de “Madagascar 3”, e de minha parte era mínima a disposição para gostar do filme.
A menos que já se trate da senilidade que avança, achei o melhor “Madagascar” até agora. Como espetáculo visual, supera de longe os dois anteriores, e o fim da história não podia ser mais apoteótico.
É que os quatro amigos do Zoo de Nova York têm de fugir de uma policial-caçadora psicopata, e conseguem se abrigar num circo. É bem caracterizada, aliás, a altivez corporativa dos animais-artistas diante dos heróis recém-chegados. Uma onça pintada, sempre direta, franca, e ao mesmo tempo desconfiada, faz o vaidoso leão passar maus bocados.
Não vou contar mais, a não ser para dizer que, em duas ocasiões, números no estilo do “Cirque du Soleil” são apresentados num teor de delírio de só os melhores desenhos animados são capazes de fazer.
Os roteiristas resolveram que, num desenho animado, afinal tudo é possível. Claro que, mesmo num mundo de animais falantes e proezas físicas diversas, algumas regras de plausibilidade sempre são mantidas; é certo que um animal não quebre as costelas ao cair de um precipício, por exemplo. Mas se, em qualquer circo, coisas inacreditáveis se tornam possíveis, imagine-se o que um circo de desenho animado é capaz de fazer, quando ameaçado de destruição. O impossível não existe, diz um personagem de “Madagascar 3”, e o filme celebra isso muito bem.
Ontem levei 2 dos meus 4 filhos para assistirem Madagascar 3. Fui meio forcada por uma tarde fria de inverno em sp, onde no cinema estava mais quente que a nossa casa. Foi uma boa surpresa o filme, que foi cativando todo nos da plateia. No final, todo mundo no cinema bateu palma, coisa rara. Eecomendo e sem duvida, o melhor de todos com personagens interessantes e efeitos lindos.
Marcelo, posso te pedir um favor? Cara, faleceu o Ray Bradbury e parece que a Folha não está dando a mínima. Fez o mesmo quando faleceu o Dennis Ritchie criador da linguagem C. Por favor, não deixe de homenagear este grande autor.
Rapaz, nunca li nada dele não… mas a Folha devia fazer alguma coisa sim!
tava sem assunto?