Ofensa a Joaquim Barbosa? (2)
16/08/12 14:37Vamos ao segundo sinal da “parcialidade” de Joaquim Barbosa, segundo um dos advogados do mensalão.
Eis o que diz Antonio Sérgio Pitombo:
“Cumpre mencionar que, afastando-se do seu papel de equidistância em relação às partes, e conferindo indevida importância à repercussão social das decisões que profere, o D. Ministro Joaquim Barbosa disse ter sido gratificante receber a denúncia oferecida contra os Acusados, tendo em vista que, a partir disso, ele pôde notar o apoio das pessoas nas ruas, dos cidadãos comuns:
Estadão- Mas, ministro, como repercutiu entre as pessoas a sua decisão?
Joaquim Barbosa- A novidade de tudo isso é que o cidadão comum, as pessoas, nas ruas, compreenderam. Isso é gratificante, muito gratificante”
Compreenderam o quê? Compreender é apoiar?
É preciso ver o contexto da entrevista. Eis um trecho anterior, que o advogado não cita.
Estadão — Escolher bem as palavras num processo de milhares de páginas é sempre muito difícil. Como o sr. chegou à síntese?
Joaquim Barbosa — Com muita reflexão, muita discussão com a minha equipe. É um trabalho de fazer, refazer, pensar, repensar. Um trabalho de crítica. Me coloco na situação de quem vai me ouvir.
Estadão — Esse didatismo, a leitura e a síntese geralmente não são comuns no mundo do Direito.
Joaquim Barbosa — Vocês ainda não tinham prestado atenção no meu voto. Isso é muito comum nos meus votos, essa busca de três coisas: simplicidade, clareza e objetividade. Meus votos são curtos, secos. Naqueles processos em que eu não sou o relator, minhas intervenções são curtas. Em geral, um parágrafo, às vezes uma frase. Isso é deliberado. Nos processos em que eu sou o relator, vou ao ponto. Ao ponto com essa busca da clareza e de simplicidade.
Mais uma vez, o advogado Pitombo cita Barbosa de forma distorcida. A íntegra da entrevista de Barbosa no Estado está neste link.
O único advogado que fez jus ao salário foi o defensor público, o que observamos do trabalho do Márcio Bastos não vale um conto de réis! A não ser que o serviço dele fosse tentar influenciar os ministros dada a sua fama e destaque na área, pq tese e a peça propriamente dita, na minha opnião não vale nem de muito longe os honorários divulgados.
Eis pq JB se interessa pela mídia e também (parece) em condenar a turma do PT:
http//sequenciasparisienses.blogspot.fr/2007/06/como-vir-ministro-do-stf-andando-pelos.html#links