Voto fatiado
17/08/12 13:05Ao contrário do que pensei para fundamentar meus cálculos no post anterior, leio que Ayres Britto confirma o fatiamento dos votos, de modo que antes de Joaquim Barbosa ler tudo o que tem para ler, Lewandowski e os demais ministros se pronunciarão sobre o caso específico de João Paulo Cunha e suas relações com o grupo de Marcos Valério.
Acompanhar o julgamento ficará menos chato, com o debate já na segunda-feira.
Mas me espanta que a maioria dos ministros tenha concordado com esse método, que irá forçá-los a reorganizar completamente a lógica de sua própria argumentação.
Tinha entendido, pelos debates de ontem, que “cada ministro vai votar conforme sua própria lógica”, e que nenhum ministro tem poder para legislar sobre a forma com que o outro ministro encaminha sua argumentação.
Desse modo, entendi que primeiro Barbosa lê tudo, depois Lewandowski lê tudo, reservando-se o momento da confusão argumentativa para depois, quando será preciso sistematizar o que cada um disse a respeito de cada réu.
Será que, no começo da sessão de segunda, o assunto não vai ser retomado?
Não é possível que uma decisão desse porte seja tomada sem dias de discussão, tantas são as implicações, tamanha é a responsabilidade – última instância, corredor da morte.
Estou estarrecido com o que parece improvisação.
Dá a impressão que o clima entre os juízes deve ser entre ruim e péssimo.
O que devia ser um time está parecendo ser o São Paulo Futebol Clube!…rsrsrs.
Marcelo, asistindo ao julgamento, tive o mesmo entendimento que você. Acho que o assunto vai ser retomado na próxima sessão, ainda que eu tenha acabado de ler que o Lewandovski concordou com o tal fatiamento.
É, acho que os repórteres se confundiram completamente no caso. Desde sexta-feira, na Folha, eu perguntava e eles garantiam que Lewandowski ia falar. Como não estou em Brasília, nem ouvi as “confirmações” de Ayres Britto sobre isso, só me restou acreditar nessa história toda. Lamentável. Fico chateado por não ter desconfiado mais disso em algum texto. O Janio de Freitas fez isso na coluna dele… Santa experiência, Batman!