O peculato de Pizzolato
22/08/12 15:39Depois de condenar Henrique Pizzolato por corrupção passiva, Lewandowski passou ao exame do primeiro peculato, dos dois que se imputam a Henrique Pizzolato.
Resumindo as acusações do Ministério Público, ele narrou os adiantamentos de R$ 73 milhões feitos para a DNA, pelo fundo Visanet.
Henrique Pizzolato e o ex-ministro Gushiken, autorizaram antecipação para a DNA de 23 milhões em maio de 2003, ocasião em que os contratos da DNA foram prorrogados. Em depoimento à CPI dos correios, Pizzolato disse que autorizou os adiantamentos por ordem de Gushiken. A DNA emitiu notas fiscais falsas para justificar pelo menos 3 das 4 antecipações autorizadas por Pizzolato e Gushiken. Pizzolato assinou essas antecipações, sem que fosse dada comprovação dos serviços da DNA. A DNA apropriou-se de parcela dos pagamentos feitos pela Visanet, e estes são fundos públicos.
A defesa diz que HP não tinha poderes para autorizar esses adiantamentos. A Visanet não sofria ingerência do BB e seus fundos são de natureza privada. O fundo, diz a defesa, foi criado em 2001, e busca alocar recursos para ações de propaganda para os cartões Visa. O fundo é administrado por um comitê gestor, suas decisões não podem ser tomadas isoladamente. O BB indicava gestores responsáveis junto ao fundo, através de seu diretor de varejo. Leo Batista dos Santos foi o gestor do BB indicado.
Um parênteses de Lewandowski:
Estou trazendo essas alegações da defesa, que até agora não foram trazidas, apenas para que todos possam eventualmente discordar…
Nos documentos apresentados pela defesa, tudo está autorizado por Leo Batista dos Santos (e não Henrique Pizzolato).
Lewandowski continuará agora, aparentemente contestando teses da defesa.