A balança pende para condenar
29/08/12 17:41O voto de Gilmar Mendes ganha significado especial, porque ele era um dos que se caracterizaram, ao longo do tempo, por ser “garantista”, isto é, mais atento aos imperativos de defender os direitos do réu do que às pressões da opinião pública. Vide o caso Daniel Dantas, por exemplo.
Por outro lado, é alguém de notórias pendengas com Lula e o PT.
Havia dúvidas se sua convicção era mais para absolver ou para condenar.
Num voto pronunciado com rapidez bastante confusa, mais voltado aos colegas do que a quem o assistia pela TV, ele terminou sem poupar ninguém.
Só Lewandowski e Toffoli, os casos mais previsíveis, aceitaram os argumentos de João Paulo Cunha.
É difícil, nessa toada, que outros réus se salvem da condenação.