Filmes: "Gravidade"
25/10/13 15:28Com razão, “Gravidade” está tendo sucesso entre críticos e, pelo que vejo, com o público também.
Para os críticos, imagino que o maior mérito do filme está em ser “puro” cinema: as imagens e os movimentos de câmera se organizam numa coreografia deslumbrante, que dispensa qualquer ajuda verbal.
É difícil imaginar por meio de que truques foi possível dar a impressão perfeita de que o filme se passa, realmente, em pleno espaço sideral.
A economia do roteiro também é notável: tudo se passa apenas entre dois personagens, ou nem isso, desligados de sua nave; com um tema tão enxuto, tão sumário, a tensão é constante, sem se tornar insuportável entretanto.
E nisso estão também os motivos para que “Gravidade” (veja o trailer aqui) ganhe adeptos entre quem não é cinéfilo: a luta pela sobrevivência nua, pelo mero oxigênio, se mantém o tempo todo, mas em situações variadas, num jogo de aflições e alívios que o indestrutível bom humor de George Clooney, no papel de um astronauta mais experiente, pontua com precisão.
Claro que não precisávamos dos toques de sentimentalismo envolvendo a outra astronauta, Sandra Bullock, que em dado momento se lembra da morte de sua filhinha, e com isso perde ou reencontra razões para enfrentar a situação desesperadora.
Os apreciadores da beleza feminina podem notar outro ponto a favor de “Gravidade”. O filme traz a obra-prima num gênero bastante raro de sensualidade cinematográfica, a saber, o strip-tease de astronauta. O melhor exemplo até agora tinha sido o de Sigourney Weaver, se não me engano em “Alien 2”.
O de Sandra Bullock supera-o em boa medida.
Marcelo, se já não o fez, assista em 4D.
Mesmo que não seja adepto dessas tecnologias para o cinema, nesse caso, funciona demais! Você “entra” no filme.
Talvez tenha a mesma sensação que teve com a sua primeira escova de dentes elétrica (rs).
Fora de assunto, mas não podia deixar de registrar meu espanto com a nova contratação da Folha.
Acho que a mensagem aos leitores foi bem clara.
Também lembrei de “Alien” (o primeiro, Marcelo) vendo a Sandra Bullock. Belíssima. O filme é tão realista que em algumas cenas cheguei a sentir tontura. É o primeiro filme a que assisti onde o 3D faz realmente diferença, ainda mais numa tela IMax. Filme genial.