Barbosa, data, maionese
14/11/13 10:43Tem razão o leitor que falou na “maionese da data” em que viajei no post anterior. Estamos em novembro, e escrevi como se outubro fosse o mês que vem. Nas duas últimas horas da sessão de ontem do mensalão, eu já estava sem entender muita coisa. Tinha escrito, primeiro, um artigo sobre a primeira parte do julgamento –os últimos embargos de declaração. Depois do intervalo, começou a discussão sobre o pedido da Procuradoria. Escrevi outro artigo enquanto se desenvolvia a discussão entre Teori e Barbosa sobre os três tipos de transitado em julgado, e o prazo para entrega do texto ia apertando…
Em todo caso, outros leitores apontam que ainda há prazo para a candidatura de Barbosa, que pode se desincompatibilizar até seis meses antes da eleição, em outubro de 2014.
O cálculo de duas semanas, aludido por Marco Aurélio Mello, não entra nessa matemática.
Pode ser que Marco Aurélio nem estivesse falando de Barbosa; a pergunta, entretanto, está colocada. Não defendo nenhum mensaleiro nem quero desqualificar Barbosa, mas acredito que Marco Aurélio voltava contra Barbosa mesmo esse tipo de suspeita.
A ver, embora isso não desculpe o meu erro.
Ótimas observações, Marcelo! É um tanto quanto óbvio o interesse eleitoreiro do presidente do STF… aliás, as insinuações do Ministro Celso de Mello ficam ainda mais claras no vídeo disponibilizado no blog do seu colega Josias de Souza.
Sobre as duas semanas, acho que o calendário do Tribunal explica tudo – o STF funcionará até 20/12 e entrará em recesso até o dia 1º/01/2014, com férias coletivas até o dia 31 do mesmo mês. Aposentar-se em fevereiro do ano que vêm após quase 2 meses do fim do julgamento do mensalão, e há dois meses do término do prazo para filiação não me parece, de fato, um bom negócio…
Marcelo, mensalão, presos corruptos, opiniões descabidas, chicana, tudo isso significa muito sofrimento para o povo brasileiro. Apesar de Joaquim Barbosa.
Não sou “petralha” mas tudo isso me entristece muito. Ora nasci em 1945, vivi a ditadura, lutamos para acabar com ela, mas
me parece que os homens mudaram prá pior.
Aprendemos com o mensalão o quanto é fácil ser corrupto neste país. E creia, a história não acabou… Lamentavelmente. Os velhos que se virem com R$ 675 por mês e com as filas do SUS. O povo como disse Zélia C.M. é mero detalhe…
só pode ser delírio achar que o colunista, que em épocas passadas deixou bem claro ser eleitor dos tucanos, está a serviço do PT. Ainda mais trabalhando em um jornal que se comportou como linha auxiliar do STF e que expõem diariamente o mensalão, até com especiais sobre o tema, mas que raramente (e quando o faz em um espaço reduzido) noticia algo sobre a corrupção bilionária de tucanos no metrô de SP, ou sobre o mensalão do PSDB e do DEMo. Basta ver a quantidade de notícias destes últimos e do mensalão do PT na Folha…basta ver que o trensalão, algo em torno de 15 mensalões do PT, já caiu no seletivo esquecimento do jornal. Essa é a mídia que jura ter compromisso com a verdade. E não adianta levantar o fato de ter “criticado” o fato de FHC ter comprado deputados, mas fazer cobertura seletiva e parcial em outros casos de corrupção desse partido.
Esse aí tem uma estrela vermelha na testa, deve pensar que a corrupção de um justifica a do outro, deve assistir a Record e quer fechar a Globo.
O jornalista tem razão. E Barbosa vestiu a carapuça pois logo após a fala do Marco Aurélio Mello, ele foi o primeiro a dizer: “não, não estou sabendo da aposentadoria de ninguém não”, vestindo desde logo, a carapuça. Ao que Marco Aurélio rebateu algo do tipo: “deve ser fofoca dos corredores então…” A candidatura de Barbosa após 2014 a algum cargo eletivo ganha força.
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Haja ou não se desculpado neste post, nada apaga o erro em si, que se torna ainda mais revelador quando associado à coluna do autor, publicada hoje na versão impressa (com chamada na capa), em que diz ter havido atropelo no julgamento e insinua que a Joaquim Barbosa interessava a condenação, como se ele não houvesse agido como juiz, e sim como membro do Ministério Público.
Na correção, ele mantém o mesmo raciocínio conspiratório, embora tenha sido obrigado a reconhecer que o prazo de duas semanas não tem relação alguma com uma futura filiação, que poderá ocorrer até seis meses antes da eleição.
Você não me engana, Marcelo Coelho. Pode não estar na folha de pagamento das estatais, mas presta serviço aos petr*alhas da mesma forma, à semelhança do seu companheiro de redação, Jânio de Freitas.
mas pro Joaquim se candidatar ele tem que estar filiado a algum partido.
alguém aí saberia dizer qual o partido dele?
Se ele se filiou (até o último dia 5/10) o fez em absoluto silêncio.
Mas considerando que ele já declarou inúmeras vezes que não é candidato a nada, por que não podemos acreditar nisso?
eu votaria nele, mas acho que em 2014 ele não concorre, não.
quem sabe pra 2018…
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