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Marcelo Coelho

Cultura e crítica

Perfil Marcelo Coelho é membro do Conselho Editorial da Folha

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Aborto: "saúde pública"?

Por Marcelo Coelho
16/02/14 14:38

A mutilação genital feminina é proibida na Inglaterra, como deveria ser em qualquer país civilizado. Reportagem da BBC, publicada hoje, mostra que em Cingapura –onde a prática é legal—oferecem-se serviços aos pais de meninas britânicas que queiram extirpar-lhes o clitóris.

Serão confiáveis essas clínicas? Não haverá, mesmo na Inglaterra, clínicas clandestinas ou mesmo senhoras amadoras capazes de resolver isso pelas próprias mãos, conforme aliás as melhores tradições tribais?

Carrego um pouco na ironia para tratar o assunto de outro ângulo.
Já escrevi várias vezes, na Folha, a favor da legalização do aborto. Cito:
O embrião é sem dúvida uma vida humana. Mas não consigo me convencer de que seja uma pessoa. Pode alguém ser uma pessoa antes de nascer? Pode alguém ser “alguém” antes de nascer? Seus direitos nascem antes do nascimento? Como posso dizer que sejam “seus”?

Mas o que não me convence é a tese, tão frequente entre políticos quando pressionados a falar sobre o assunto, segundo a qual o aborto “é uma questão de saúde pública”.
Por isso comecei falando da mutilação genital feminina.
Imagine que existam clínicas clandestinas e curandeiras fazendo isso no país.

Seria, também, uma questão de “saúde pública”? Melhor, então, legalizar a prática e zelar para que seja feita em perfeita condições de higiene…?

About Marcelo Coelho

Marcelo Coelho nasceu em São Paulo, em 1959. Estudou Ciências Sociais na USP. Escreve semanalmente no caderno "Ilustrada", da Folha de S. Paulo, e publicou, entre outros, "Crítica Cultural: Teoria e Prática" (Publifolha) e "Patópolis" (Iluminuras)
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Comentários

  1. Guilherme comentou em 22/02/14 at 23:50

    Peço desculpas por ter publicado anteriormente meu comentário como resposta. Cliquei no lugar errado e acabou acontecendo isso.

    Que o editor fique à vontade para apagar meu comentário em resposta a sergio felicissimo silva.

  2. Guilherme comentou em 22/02/14 at 23:48

    Ao meu ver, a legalização do aborto funcionaria quase como a política de cotas em universidades. É basicamente “tapar o sol com peneira”. É fato que a quantidade de mulheres que praticam aborto no Brasil, mesmo sendo ilegal, é grande. E sim, abortos feitos em clínicas clandestinas ou até mesmo em casa, sem garantias médicas e com risco de falta de higiene, são uma ameaça a saúde. É fato também que muitas crianças são colocadas no mundo sem as mínimas condições de serem criadas de maneira saudável e que, nessas condições, quase sempre ficam fadadas a um destino ingrato, propensas à criminalidade ou a uma vida cheia de dificuldades. Famílias desestruturadas, problemas financeiros, mães jovens demais, mães solteiras, homens e mulheres que fogem de suas responsabilidades… Enfim, vários são os motivos que levam uma mulher ou um casal a não desejarem uma gravidez acidental e pensarem em aborto ou até mesmo chegarem às vias de fato.

    Da mesma forma, é fato que pessoas das classes mais baixas não conseguem ter acesso às universidades, principalmente negros que, além de comporem a maior parte da população pobre (reflexo de uma condição histórica), ainda são vítimas, em maior ou menor grau, de preconceito racial.

    Para ambos os problemas, o Estado (no caso do acesso à universidades) e grande parte da sociedade acabam seduzidos por medidas pragmáticas e utilitaristas, as tais “ações afirmativas”. Dessa forma, relegam à questões menos importantes as causas dos problemas e tentam solucioná-los atacando suas consequências. Da mesma forma que um médico quando prescreve apenas um analgésico para um paciente que reclama das dores de uma infecção. No caso do acesso à universidade, tenta-se corrigir um problema crônico admitindo-se a incapacidade de resolver a causa dele. Ou seja, ministra-se um analgésico para mascarar os sintomas e pronto, problema resolvido! Melhorar o ensino básico dá muito trabalho, então pra quê se preocupar com isso?

    A legalização do aborto funciona no mesmo sentido. Se o que motiva uma mulher ou um casal a praticarem aborto é muito difícil de tratar, então vamos reduzir danos e aplicar um analgésico. Dessa forma, fim de papo, problema resolvido! Não importa se existam pessoas que não tenham condições financeiras para criar um filho, não importa se adolescentes estão sendo mães e pais cada vez mais cedo incentivadas por uma erotização crescente dos jovens, não importa se o nível de escolaridade é baixo e não há consciência a respeito do sexo e das consequências da prática irresponsável dele, não importa se homens e mulheres fujam de suas responsabilidades em nome de suas “liberdades individuais”… Nada disso importa porque dá muito trabalho para resolver. Então o caminho mais fácil é o pragmatismo. Bora liberar geral o aborto e aí tudo pode ficar como está.

    Aplicamos um analgésico para nossas próprias dores de cabeça.

  3. mason moore comentou em 18/02/14 at 3:39

    Is it ok if I tweet about this blog post?

  4. marcel comentou em 17/02/14 at 12:15

    Ao que parece a sua pessoa deveria ser, antes de nascer ou ser parido, estirpado do ventre de sua genitora, ou a chamariamos de mae? estarias a publicar essa imbecilidade? creio que nao, pessoa nascida.
    Quem deve proteger um ser indefeso dentro de um ventre que ainda nao nasceu e portanto nao esta vivo seano sua mae, mas se esta tem seu direito de extirpar a vida de dentro de si que haja alguma lei que proteja esse ser nao nascido porem vivo mesmo que venha a ser como a grande maioria humana imbecil da atualidade.

    • fabio comentou em 17/02/14 at 14:24

      Entedemos pessoa o ser que possui as faculdades do espírito em ação: o entendimento e as emoções/alma. Uma certa mãe com poucos meses de gravides, sentia sua filha mexer na barriga toda vez que ouvia a voz do Pai. Não há percepão e entendimento aí? Conheço também crianças na barriga da mãe que começam a se revirar na barriga após a mãe canta. Isso não sentir-se em aspectos emocionais?. A criança quando é concebida já uma pessoa, só que uma pessoa em desenvolvimento. Cada dia, cada mes após o nascimento no ventro se desenvolve algum aspecto do espírito e do corpo…

  5. Cristiano Oliveira comentou em 17/02/14 at 12:02

    Ponto de vista genial (digno de concorrer ao troféu “orelha”)! Já que o aborto deve ser legalizado, legalizem também a pedofilia. Que vergonha!

  6. Macson comentou em 17/02/14 at 11:52

    Do que adianta todos esses métodos contraceptivos, crenças religiosas, ativistas ou não, quando um homem, igual a qualquer um desses que comentam aqui, se acha no direito de estuprar uma mulher? (Independente de qualquer opinião, o estupro vai acontecer e acontece diariamente).
    Que condições teria uma mulher dessas de ter um filho feito dessa forma? Ela tem todo o direito de não ter este filho, e onde isso esta errado? Que ela possa escolher o que é melhor pra ela, pois só ela sabe disso, só ela passou por aquela situação na qual jamais se recuperará.

  7. paulo sobreira comentou em 17/02/14 at 11:43

    Internet é local de discussao, infelizmente, nao é local de dialogo. por sinal fazendo nova citaçao, nao gosto de quem tem aquela velha opiniao formada sobre quase tudo… me lembro uma vez um juiz da suprema corte americana, votou contra sua consciencia , sua religiao, mas a favor da liberdade individual… isso parece impossivel no brasil.

  8. sergio felicissimo silva comentou em 17/02/14 at 11:25

    Recentemente, conheci uma avó de 29 anos, sub empregada. Trabalhava para sustentar a si própria, a filha (14 anos?) e o neto recém nascido…Casos como esse repetem-se Brasil afora…Cadê o Controle da Natalidade ou o Planejamento Familiar???…Impossível condenar a legalização do aborto…

    • sergio felicissimo silva comentou em 17/02/14 at 11:37

      Trata-se de uma maldade contra as crianças fazê-las nascer sem condições financeiras de sustentá-las. Isto sim é um crime, um ato inconsequente… Num país como o Brasil a legalização do aborto é caso de saúde pública…

      • Guilherme comentou em 22/02/14 at 23:46

        Ao meu ver, a legalização do aborto funcionaria quase como a política de cotas em universidades. É basicamente “tapar o sol com peneira”. É fato que a quantidade de mulheres que praticam aborto no Brasil, mesmo sendo ilegal, é grande. E sim, abortos feitos em clínicas clandestinas ou até mesmo em casa, sem garantias médicas e com risco de falta de higiene, são uma ameaça a saúde. É fato também que muitas crianças são colocadas no mundo sem as mínimas condições de serem criadas de maneira saudável e que, nessas condições, quase sempre ficam fadadas a um destino ingrato, propensas à criminalidade ou a uma vida cheia de dificuldades. Famílias desestruturadas, problemas financeiros, mães jovens demais, mães solteiras, homens e mulheres que fogem de suas responsabilidades… Enfim, vários são os motivos que levam uma mulher ou um casal a não desejarem uma gravidez acidental e pensarem em aborto ou até mesmo chegarem às vias de fato.

        Da mesma forma, é fato que pessoas das classes mais baixas não conseguem ter acesso às universidades, principalmente negros que, além de comporem a maior parte da população pobre (reflexo de uma condição histórica), ainda são vítimas, em maior ou menor grau, de preconceito racial.

        Para ambos os problemas, o Estado (no caso do acesso à universidades) e grande parte da sociedade acabam seduzidos por medidas pragmáticas e utilitaristas, as tais “ações afirmativas”. Dessa forma, relegam à questões menos importantes as causas dos problemas e tentam solucioná-los atacando suas consequências. Da mesma forma que um médico quando prescreve apenas um analgésico para um paciente que reclama das dores de uma infecção. No caso do acesso à universidade, tenta-se corrigir um problema crônico admitindo-se a incapacidade de resolver a causa dele. Ou seja, ministra-se um analgésico para mascarar os sintomas e pronto, problema resolvido! Melhorar o ensino básico dá muito trabalho, então pra quê se preocupar com isso?

        A legalização do aborto funciona no mesmo sentido. Se o que motiva uma mulher ou um casal a praticarem aborto é muito difícil de tratar, então vamos reduzir danos e aplicar um analgésico. Dessa forma, fim de papo, problema resolvido! Não importa se existam pessoas que não tenham condições financeiras para criar um filho, não importa se adolescentes estão sendo mães e pais cada vez mais cedo incentivadas por uma erotização crescente dos jovens, não importa se o nível de escolaridade é baixo e não há consciência a respeito do sexo e das consequências da prática irresponsável dele, não importa se homens e mulheres fujam de suas responsabilidades em nome de suas “liberdades individuais”… Nada disso importa porque dá muito trabalho para resolver. Então o caminho mais fácil é o pragmatismo. Bora liberar geral o aborto e aí tudo pode ficar como está.

        Aplicamos um analgésico para nossas próprias dores de cabeça.

  9. Natalin comentou em 17/02/14 at 10:37

    Marcelo, pode-se perceber pelos comentários dos leitores que o Brasil não tem estrutura psíquica e cultural para um debate como este. É lamentável, mas é a realidade deste país.

    • Bruno Versiani comentou em 17/02/14 at 11:16

      Verdade … infelizmente o Brasil não tem estrutura para vários assuntos sérios e urgentes. Mas vamos ficar resignados a essa constatação ?? Vamos ficar fadados a ficar assistindo BBB e `a mídia de massa sempre nivelada por baixo ??

  10. paulo sobreira comentou em 17/02/14 at 10:28

    sou contrario ao aborto, o feto tem em si todo o potencial humano a se desenvolver, o feto é um ser vivo em desenvolvimento, apesar de nao ter consciencia.
    ao mesmo tempo , como medico nao aceito mulheres morrendo por abortos clandestinos. é inadmissivel. quando serviços de saude distribuem seringas aos viciados, náo sao favoraveis ao uso de drogas, mas para a reduçao das dst. politicas de reduçao de danos.
    nos anos oitenta, conheci uma meia duzia de jovens que fizeram aborto, tudo de uma mesma faculdade, por sinal catolica , amigas,quantas outras nao teriam feito ? uma delas obrigada pela propria mae. se houvessem clinicas, nao de aborto, mas de auxilio a gravidez indesejada de uma forma ampla, com psicologos , assistente social, talvez outras possiblidades seriam possiveis, inclusive entrega para adoçao.
    ao mesmo tempo , é bom lembrar que crianças negras tem dificuldade de serem adotadas, por preconceito, muitas crianças já se encontram para adoçao, pois os pais querem meninas, brancas e recem nascidas, felizmente isto ja esta mudando um pouco.
    outra coisa, quando era mais jovem ainda, ouvi uma suspeita de aborto de uma senhora, conhecida da minha mae, que hoje deve ter oitenta anos,que ja tinha quatro filhos e temia pela gravidez e pela criança tendo a gestaçao apos quarenta anos, outra coisa que mudou nos tempos atuais, a noçao do perigo da gravidez tardia.
    portanto a questao do aborto é muito antiga. acho um absurdo o aborto ser uma bandeira feminista,nos tempos atuais em que ha tantos meios de anticoncepçao, por exemplo a mulher tolera a vontade do homem de fazer sexo sem camisinha,ficando vulneravel ate a transmissao de dst, mas ao mesmo tempo acha que é dona do proprio corpo para fazer aborto. bom, talvez ela nao seja dona do penis … piada final para amenizar o tema.

    • paulo sobreira comentou em 17/02/14 at 10:34

      e uma coisa que me aborrece tambem, é tanta energia gasta na polemica do aborto, neste embate ideologico , religioso e moral e pouca energia gasta no cuidado das nossas crianças, abandonadas brasil afora, com falta de creches, falta de educaçao de qualidade , falta de atendimento medico especializado, falta de educaçao que evitasse essa epidemia de gravidez na adolescencia, falta de lazer para os jovens do rolezinho… gostaria que o futuro das crianças nao abortadas fosse tao discutido como das abortadas.

      • paulo sobreira comentou em 17/02/14 at 10:40

        e por ultimo , a hipocrisia de diversas igrejas, como sou pediatra faz 23 anos, já vi criança que estava em local de amparo a mae e crianças chegar desidratada de terceiro grau em meu plantao, que falta de cuidado ! ja vi varios religiosos , nos varios natais que eu dei plantao no sus,chegando para uma visita rapida na enfermaria , com presentinhos , quando nos, medicos e hospital , já tinhamos feito a festa e dado presentes, sempre comemoramos as datas. e se alguem pensa realmente nas crianças, que sigam o exemplo de dona zilda arns e tantos outros, abracem nossas escolas , ajudem na reforma delas, ajudem as crianças com atraso. Denunciem crianças com maus tratos brasil afora, crianças que sofrem diversos tipos de abuso… Ha tanto para se fazer pelos vivos !

        • André Fausto comentou em 17/02/14 at 10:51

          Você já viu vário religiosos que não prestam? E daí? Eu também sou médico e conheço inumeráveis colegas que são uns canalhas. E daí, o que isso tem a ver com o aborto?

          • paulo sobreira comentou em 17/02/14 at 11:15

            primeiro eu nao disse que nao prestam, apenas que nao gosto de gente hipocrita, acho tambem que devemos preocupar muito com os vivos, fora do utero, com a mesma intensidade do que com os que estao dentro do utero. e o meu exemplo de religioso é a ilustre pediatra zilda arns, que morreu pelos seus ideais.ao contrario de outros que podem ate matar pelos seus ideais, como foi feito em funcionarios de clinica da aborto nos eua, ou aqueles que devido as suas convicçoes religiosas agridem e ofendem os outros. se voce ler tudo o que escrevi, ira notar que coloquei questoes para o debate, nao para demonstrar a supremacia do meu pensamento.

          • Bruno Versiani comentou em 17/02/14 at 11:18

            Constato que grande parte dos religiosos são altamente hipócritas. E constato também que aborto só continua proibido em repu bliquetas fundamentalistas do terceiro mundo (nosso caso).

        • paulo sobreira comentou em 17/02/14 at 10:52

          e antes que os religiosos resolvam dar chute na minha canela, quando nasce uma criança me lembro do final de morte vida severina,que acho muito belo :
          —— De sua formosura
          deixai-me que diga:
          é tão belo como um sim
          numa sala negativa.
          —— é tão belo como a soca
          que o canavial multiplica.
          —— Belo porque é uma porta
          abrindo-se em mais saídas.
          —— Belo como a última onda
          que o fim do mar sempre adia.
          —— é tão belo como as ondas
          em sua adição infinita.
          —— Belo porque tem do novo
          a surpresa e a alegria.
          —— Belo como a coisa nova
          na prateleira até então vazia.
          —— Como qualquer coisa nova
          inaugurando o seu dia.
          —— Ou como o caderno novo
          quando a gente o principia.
          —— E belo porque o novo
          todo o velho contagia.
          —— Belo porque corrompe
          com sangue novo a anemia.
          —— Infecciona a miséria
          com vida nova e sadia.
          —— Com oásis, o deserto,
          com ventos, a calmaria.

        • Bruno Versiani comentou em 17/02/14 at 11:10

          Mas também há muito para se fazer pelos aglomerados de células que possuem condições de nascer !!!

          • Bruno Versiani comentou em 17/02/14 at 11:11

            errata : pelos aglomerados de celulas que NAO possuem condiçoes de nascer

    • Bruno Versiani comentou em 17/02/14 at 11:12

      Sempre ocorre o imprevisto … uma conhecida minha acabou de engravidar mesmo tomando pílula. Obrigar uma pessoa dessa a ter um filho … isso sim é CRIME !!!

  11. André Fausto comentou em 17/02/14 at 10:05

    “Pode alguém ser uma pessoa antes de nascer?”

    Não, imediatamente antes de nascer, aquilo que vemos no ultrassom é um macaco (ou quem sabe um rinoceronte). É só quando passa pelo canal do parto que aquele ser se transforma em uma pessoa…

    • Bruno Versiani comentou em 17/02/14 at 11:13

      É um aglomerado de células sem consciência ou com uma proto consciência … Do ponto de vista existencial, ainda não pode ser definido como um ser humano.

      • André Fausto comentou em 18/02/14 at 7:34

        Nossa, que científico!
        A Catedral de Notre Dame para você deve ser um aglomerado de pedras e um Soneto de Shakespeare um aglomerado de letras…
        Não vale a pena nem entrar em debate filosófico contigo, és muito fraco…

  12. dante comentou em 17/02/14 at 9:55

    EM VC MARCELO COELHO! QUE TAL SE TEU PAI TIVESSE TE ABORTADO NÓS ESTARÍAMOS LIVRE DE TANTA IGNORANCIA.
    UM OVULO MAIS UM ESPERMATOZÓIDE=UM SER HUMANO OK. ISSO É CIENCIA E O RESTO É CRIME.

    • Bruno Versiani comentou em 17/02/14 at 11:09

      Crime é ficar misturando sentimentalismo e religião com razão e ciência !!!

  13. Edson comentou em 17/02/14 at 9:02

    Realmente, Marcelo Coelho, seus argumentos carecem de fundamentação: que um feto não seja uma pessoa. Ora, com todo o conhecimento que você tem, só isso consegue produzir? Péssimo artigo esse seu. Nem quero citar assuntos como reencarnação pois certamente você não entenderia isso.

    • marcos fernando dauner comentou em 17/02/14 at 9:07

      ABORTO É ASSASSINATO . Saúde pública é educação sexual; é orientar a moça, a mulher; é distribuir preservativos .PS- Não sou nenhum xiita religioso,( sou luterano) .

      • MissMe comentou em 17/02/14 at 9:55

        Entao seria a m@sturbacao masculina um assassinato em massa,seu luterano?!
        E claaaaro,vamos ‘orientar’ somente as mocas. Afinal de contas, elas geram os embrioes abortados sozinhas.

        Doh e vergolha alheia dos leitores deste jornal… Demasiados ‘humanos’.

        • André Fausto comentou em 17/02/14 at 10:07

          Você é burra assim mesmo, ou é só uma militante paga? Se não sabe a diferença entre um espermatozóide e um embrião é melhor ficar de boca calada.

          • Bruno Versiani comentou em 17/02/14 at 11:06

            Do ponto de vista laico racional há única diferença é que um tem 23 cromossomos e outro tem 46. Nada mais além disso !!!

  14. Blabbermouth comentou em 17/02/14 at 8:35

    ok. A partir do momento que consideremos qualquer embrião como ‘vida humana’, devemos também prender quem se masturba por genocídio.

    Aborto não é mutilação. Em vários casos, inclusive, é a única maneira de preservar a vida da mãe. a comparação do texto foi absolutamente infeliz.

    Se é pra comparar costumes, que tal a proibição da prática medieval da não doação sangue a testemunhas de jeová vítimas de acidente?! Essa sim uma prática completamente condenável sob qualquer ponto de vista, tanto quanto a mutilação dos genitais das mulheres….

    • André Fausto comentou em 17/02/14 at 9:43

      Espermatozóide e embrião são coisas completamente diferentes. A vida começa no momento em que o espermatozóide fecunda o óvulo, como, aliás, está escrito em qualquer livro de biologia.
      Estude mais para não passar vergonha em público.

      • Bruno Versiani comentou em 17/02/14 at 11:20

        Estude mais (e afaste os fundamentalismos) pra saber que a única diferença do ponto de vista estritamente racional entre um espermatozóide e um zigoto é o número de cromossomos. E não venha me convencer que um zigoto tem consciência !!!

        • André Fausto comentou em 18/02/14 at 7:37

          Meu filho, eu sou médico especialista em transplante de medula óssea e tu estás me mandando estudar? pelo nível da tua argumentação deves ser um fedelho que acha que a SuperInteressante é uma revista científica…

          • procopio comentou em 02/03/14 at 12:00

            Você pode entender de medicina, mas certamente não entende de direito. A vida humana é constitucionalmente protegida, entretanto, não é um bem ou valor absoluto. Prova disso é que pode-se matar em legítima defesa. Além disso, as autoridades internacionais em direitos humanos já se manifestaram e dizem que a legalização do aborto não é inconstitucional. Uma das autoridades brasileiras na área do direito constitucional Daniel Sarmmento também confirma isso. Além disso, se o conceito de morte que embasa a medicina é pautado na morte encefálica, até a 12° semana de gestação o aborto pode ser permitido, tendo em vista que as áreas da consciência ainda não têm respaldo neuroanatômico. há muitas outras razões, ademais nenhum método contraceptivo contém 100% de eficácia, logo faça o calculo estatístico com as mulheres em idade fértil, com vida sexual ativa utilizando algum método, certamente para alguma dessas existem chances de falhar. Ontologicamente, não há justificativas para ser contrário ao aborto, sobretudo, quando conseguimos não incomodarmos no lugar de quem achamos que deveriam se incomodar. Quanto a matéria, no CP francês, por se admitir que o feto é pessoa em devir, consenti-se com a necessidade de equilibrar-lhe seus direitos com os direitos da mãe. Daí, a legalização do aborto não é radical o suficiente para aceitá-lo em qualquer período gestacional.
            André Fausto, o estudo é algo continuo, mesmo para você que é médico, aprender é crucial, uma dica é você saber da onde vêm essa sua ética paternalista típica da medicina.

  15. Mari comentou em 17/02/14 at 7:47

    Saúde pública é evitar gravidez indesejada! Mas tem gente que só sabe furunfar mesmo e depois se arrepende das consequências.

    • flavio comentou em 17/02/14 at 8:16

      Como disse ao Duda, abaixo, é um problema de saúde pública. De saúde pública mental. O que faz uma mulher, havendo métodos anticoncepcionais que são 99,99% eficazes, engravidar e se submeter a essa carnificina? Ou é masoquista, ou é demente, algum problema mental tem.

  16. Manoel Pereira comentou em 17/02/14 at 6:20

    Galileu Galilei não falou sobre a gravidade de se fazer um aborto, todavia em futuro não distante as pessoas ficarão sabendo sobre a importância da reencarnação para um Planeta mediano como o nosso, e ficarão profundamente espantadas ao relembrar que tiveram a ignorância de defender o aborto.

  17. Iuri comentou em 17/02/14 at 2:13

    O aborto é sim uma questão de saúde pública. Para se convencer, basta acessar estatísticas com os números que mostram a quantidade de mulheres que morrem diariamente ao fazerem aborto clandestino.

    • Mari comentou em 17/02/14 at 7:50

      Melhor ensinar a usar camisinha, pílula, DIU, diafragma e TANTOS outros métodos.

      • Bruno Versiani comentou em 17/02/14 at 11:21

        Imprevistos sempre ocorrem … obrigar uma mulher a ter filhos indesejados –> isso sim é um CRIME !!!

    • André Fausto comentou em 17/02/14 at 9:50

      Mentirosa. As estatísticas mostram que os óbitos decorrentes de abortos (clandestinos ou não) é mínima. Os números apresentados pelas organizações abortistas são grotescamente manipulados, o que inclusive pode levar à revisão da lei nos EUA.

      • laisa comentou em 19/02/14 at 20:00

        se fosse o homem que engravidasse o aborto nao seria crime, os paises que condenam o aborto e culpam a mulher sao tambem os que possuem uma populacao machista

  18. Ricardo comentou em 16/02/14 at 23:59

    Se a vida humana se extingue quando há morte cerebral, ou seja, quando as conexões nervosas no cérebro são interrompidas, a vida humana, então, só começa quando as conexões cerebrais são plenamente formadas. E elas só são completamente formadas após 24 semanas de gestação. Só a partir daí é que a vida começa a existir. Até então, por exemplo, o feto não sente dor, conforme revelam estudos do Royal College of Obstetricians and Gynaecologists, no Reino Unido. A realização do aborto deve ser um direito da mulher, inclusive se motivada por razões absolutamente fúteis, como, por exemplo, recusar-se a ter um filho capricorniano. Desde que o limite de 24 semanas de gestação seja respeitado, é claro. A partir daí, há vida e dor e esse direito deve cessar.

    • André Fausto comentou em 17/02/14 at 10:26

      Argumento estúpido:
      1. Dizer que as conexões neuronais está completamente formadas com 24 semanas é coisa de quem nunca abriu um livro de neurologia e ignora que o desenvolvimento cerebral continua após o nascimento, sendo gigantesco nos primeiros anos de vida.
      2. Mostre-me um livro de biologia, um apenas, que diga que a vida começa com o desenvolvimento do sistema nervoso. A vida começa na concepção, ou quem estava desenvolvendo o sistema nervoso era uma pedra?
      3. O critério da dor é completamente arbitrário, e não é nem um pouco mais defensável do que o critério da consciência que tem sido utilizado não só para justificar abortos tardios, mas até mesmo o infanticídio.
      4. Baseado na sua opinião, não heveria objeção para o aborto em qualquer idade, desde que ele fosse indolor.
      5. Não sei porque um abortista se preocuparia com um mero espasmo em um amontoado de células (como eles gostam de se referir ao feto).

      Não há por onde escapar. A vida começa na concepção e ponto final. Qualquer outro ponto de corte é arbitrário.

      • Ricardo comentou em 17/02/14 at 13:40

        Tenho simpatia pela sua preguiça intelectual. Deve ser mais fácil viver assim, sem pensar profundamente sobre as coisas. “A vida começa na concepção e ponto final!”. Belíssimo argumento! Quem contou isso pra você? A Tia Noca, quando te ensinou a rezar a Ave Maria? Ou você viu isso no programa do Ratinho? Se as conexões cerebrais não fossem um parâmetro para se distinguir entre vida e morte, não existiria a morte cerebral. Quando os médicos começassem a retirar os órgãos, com autorização da família, para doação de uma pessoa com morte cerebral, estariam cometendo homicídio doloso.

  19. Marcelo Silvestre comentou em 16/02/14 at 23:16

    Me desculpem, mas um feto NÃO É uma vida humana. É uma vida humana em potencial, mas precisa de um útero e terminar de se desenvolver, principalmente o sistema nervoso (que nos diferencia de qualquer outro primata ou mamífero). Um feto é tão vida humana quanto um espermatozóide. Afinal, um espermatozóide é uma vida humana em potencial, só necessita de um óvulo a mais que o feto, e os dois ainda precisam de um útero. E aí, vamos criminalizar também a masturbação dos meninos? Genocídio!

    • Cecilia comentou em 17/02/14 at 8:30

      Vc tem filhos? Já acompanhou alguma gestação na vida? Já viu algum ultrassom gestacional? Então que pena que sua mãe não pensou como vc, pois aí não teríamos esse seu comentário aqui…

      • Bruno Versiani comentou em 17/02/14 at 11:07

        Sentimentalóide e nada racional seu comentário…

  20. Duda comentou em 16/02/14 at 22:30

    O aborto É uma questão de saúde pública

    • flavio comentou em 17/02/14 at 8:09

      Perfeito, é apenas isso

  21. Lorenzo Frigerio comentou em 16/02/14 at 22:25

    Tanto o aborto quanto a mutilação genital feminina não são questão de saúde pública porque não são práticas médicas legítimas, ou seja, que visem a melhora da saúde do paciente. Você às vezes é incrivelmente observador e inteligente em seus artigos, e já está no batente faz tempo, mas desta vez escreveu abobrinha em cima de abobrinha, prova de que nunca deu a esses assuntos a devida consideração.

  22. Maurilio comentou em 16/02/14 at 21:31

    Com argumentos como os do colunista fica evidente que não dá mesmo para discutir com os defensores do aborto. Qual a diferença se é uma vida humana ou uma pessoa? Ao olhar apenas para o aspecto legal do ato, fica evidente a total falta de humanidade de pessoas adultas que, além disso, escrevem em jornais…

    • Lorenzo Frigerio comentou em 16/02/14 at 22:30

      Ótimo comentario. Parece até que MC saiu de férias e deixou um estagiário bem cabaço em seu lugar, só para ver o “aprendiz de feiticeiro” fazer m***a.

  23. Carlos Felice comentou em 16/02/14 at 20:42

    “O embrião é sem dúvida uma vida humana. Mas não consigo me convencer de que seja uma pessoa”.

    É o que então? Um Chuchu?

  24. Mariana comentou em 16/02/14 at 20:06

    “O embrião é sem dúvida uma vida humana. Mas não consigo me convencer de que seja uma pessoa”.
    Vergonha alheia, profundamente.
    Que argumentação mais tosca!
    A realidade não mudará para atender ao que te convence ou não. Você demonstra claramente que não sabe o que significa vida e nem pessoa.
    Mais tosco ainda é você achar um absurdo a mutilação genital feminina ( e o é!) e ser a favor da mutilação total de meninos e meninas no vente de suas mães.
    Veja bem se não é caso para tratamento psiquiátrico !

  25. Eduardo Leser comentou em 16/02/14 at 16:03

    E canibalismo? Também é cultura. Afinal, como estabelecer os limites?

    • Bruno Versiani comentou em 17/02/14 at 11:22

      Acho que um bom limite é o que ocorre em países racionais e verdadeiramente laicos: permitir o aborto até o segundo ou terceiro mês (não venham me convencer que um zigoto tem consciência).

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